Toda grande cidade merece ter um bom restaurante com aquela vista especial para a sua melhor paisagem, não é? Pois São Paulo passou a contar com mais um a opção do tipo: o Vista Restaurante está na cobertura do prédio projetado por Oscar Niemeyer nos anos 50 e que hoje abriga o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC–USP). Lá do alto, é possível ter uma incrível visão panorâmica do verde do Parque Ibirapuera, do Obelisco dos Heróis da Revolução de 32, do Pavilhão da Bienal, da Oca, do Auditório Ibirapuera, do Instituto Biológico e do skyline da metrópole.
O restaurante faz parte do complexo gastronômico Vista Ibirapuera que ocupa vários espaços do Museu. O Vista Restaurante fica no rooftop, junto ao Bar Obelisco e, futuramente (com inauguração prevista para o próximo semestre), o Bar do Mar, um raw bar com foco em frutos do mar.
Além de pinturas de Picasso, Tarsila, Kandinsky, DiCavalcanti e Modigliani, esculturas de Alexander Calder, Maria Martins e Henry Moore e instalações de Joseph Beuys e Leda Catunda, o museu agora também atrai visitantes interessados em conhecer as deliciosas obras de arte comestíveis criadas pelo talentoso chef paranaense Marcelo Corrêa Bastos, conhecido pela qualidade e pela criatividade das receitas que serve desde 2012 em seu outro restaurante paulistano, o Jiquitaia.
“O Vista é um restaurante de comida brasileira. Dispenso o rótulo de comida brasileira contemporânea porque meu trabalho é muito calcado nas tradições. Mas não é por isso que eu me privo de fazer releituras de pratos típicos e incluir toques autorais em clássicos da culinária brasileira”, avisa Marcelo que, aos 36 anos, tem como mantra a simplicidade, o respeito aos ingredientes e o rigor na execução das receitas.
Exemplos de pratos “intocados” são a moqueca capixaba de peixe e camarão, e a feijoada exclusiva dos almoços de sábado e o leitão a pururuca dos almoços de domingo. Outras receitas foram aprimoradas, como pato no tucupi.
Boas pedidas do cardápio são também o frango desossado com quirera de milho e legumes e a copa lombo suína com redução de caldo de suã, batatas doces e hortaliças. Para quem não quer nada com proteína animal, Marcelo criou os raviólis veganos em caldo de cogumelos, com massa feita unicamente de farinha e água e recheados de abóbora, batata-doce e pamonha de milho.
Para quem quiser apenas beliscar, o cardápio oferece saborosos petiscos, ideais para compartilhar, como as croquetas de pupunha com maionese de pimenta de cheiro, os bolinhos de siri com salada de ervas frescas e o tempurá de cambuquira (broto de chuchu, abóbora ou abobrinha) com milho verde e pimenta jiquitaia.
De sobremesa, o chef desenvolveu sugestões como a terrine de chocolate com calda de caramelo e compota de laranjinha kinkan, a torta de caramelo com sorvete de castanha do Pará e a pavlova com curd de limão e sorvete do cambuci.
A carta de drinques é assinada pelo mixologista baiano Laércio Silva, conhecido como Zulu, campeão do World Class Diageo Brasil em 2014, integrante do júri que elege os 50 melhores bares do mundo e especialista na utilização de ingredientes genuinamente brasileiros nas receitas de seus coquetéis autorais.
Para o bar do Vista, ele criou seis drinques, entre eles o Sertanejim (que mistura cachaça Leblon, pitaya vermelha, mix de especiarias, suco de limão e mel, finalizado com chips de mandioca e um coquinho de licuri), o Mangadinha (feito com gim, purê de manga, cardamomo, água gaseificada, suco de limão, laranja Bahia e um raminho de endro dill) e o Umbu Sour, elaborado com cachaça Leblon, compota de umbu, clara de ovo e suco de limão.
Quem preferir bebidas sem álcool, as sugestões da casa são os sucos de frutas também bem brasileirinhas, como o de maracujá com manga, o de acerola com laranja, o de caju, o de cajá, o de graviola e o de cupuaçu.
O Vista Ibirapuera ocupa todo 8º andar do Museu – uma cobertura com mais de 2.400 m² de área. Só o terraço tem mais de 1.400 m², e é ideal para confraternizações, casamentos e eventos corporativos.