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Viva as Bahamas: paraíso caribenho!

The Exumas

Uma década depois de ir ao Caribe pela primeira vez, tive a oportunidade de riscar mais um destino caribenho da lista: Bahamas. Mesmo tendo conhecido apenas quatro lugares dessa região, tenho a certeza que, de similar somente o astral e a beleza natural. No mais, cada destino tem seus encantos. As Bahamas que o digam. Amor à primeira visita!

Crédito: The Islands of The Bahamas

Destino ideal para todos, agrada desde quem quer sombra e água fresca até os que não gostam de ficar parado. E por falar no segundo caso, sobram opções de esportes aquáticos, afinal de contas estamos falando de um destino caribenho.

Um oásis composto de 700 ilhas e mais de 2 mil rochas e ilhotas, espalhadas pelo o oceano Atlântico, o arquipélago ostenta uma das águas mais límpidas do planeta. E, já que “uma imagem vale mais que mil palavras”, deixo aqui esta foto abaixo:

Crédito: arquivo pessoal/Carolina Maia

Incrível né? Pois as Bahamas são de causar um suspiro atrás do outro. Fiquei até surpresa com o retorno que tive das pessoas que viram, curtiram e comentaram meus posts nas mídias sociais. Por ter viajado num grupo que contava com excelentes fotógrafos (sorte a minha), garanti fotos lindíssimas, e aí veio o título zoeira de “Miss Bahamas”. Mas quem riu por último fui eu, e direto de lá, daquele paraíso na terra. Que está a cerca de 10 horas (contando a conexão no Panamá para quem voa com a Copa Airlines, como foi meu caso) separam São Paulo de Nassau, a capital das Bahamas.

Mas nas Bahamas não espere apenas por belíssimas praias com mar de águas cristalinas digno de Caribe, como também ótimas opções de hospedagem (daquelas que fazem você querer ficar e aproveitar o que ele tem a oferecer), uma animada vida noturna e restaurantes de classe mundial lado a lado com aqueles que exaltam a gastronomia local. E que culinária rica e saborosa. Hummm!

A descoberta da América

Antes de tudo e qualquer coisa, que tal um pouco de história? Bom, para quem faltou nessa aula, ou simplesmente não sabe, o continente americano foi “descoberto” pelo navegador genovês Cristóvão Colombo, em 12 de outubro de 1492. No caminho das Índias ele acabou aportando no então Novo Mundo. E foi justamente no arquipélago das Bahamas, numa porção de terra chamada pelos índios de Guanahani.

A princípio diziam se tratar da ilha de San Salvador, outros estudos apontaram para Samana Cayo. E nos últimos anos há quem afirme ter sido na ilhota de Rum Cay. De qualquer maneira o que importa mesmo é que: a história oficial da América teve seu início nas Bahamas.

Quase despovoadas entre 1513 e 1648, as ilhas se tornaram colônia da coroa em 1718, quando os britânicos apertaram o cerco à pirataria. Mas foi nesse período, entre 1600 e 1700, quando Nassau e Paradise Island foram fortaleza de piratas e corsários espanhóis, que surgiram lendas como Barba Negra e Calico Jack, que alimentam até hoje a história das Bahamas.

A história e cultura das Bahamas também é muito bem contada através da sua culinária, uma agradável mistura de sabores britânicos, espanhóis e do Caribe que lhe confere uma identidade única. Se prepare então para uma deliciosa e farta experiência.

Crédito: The Islands of The Bahamas

E quando a noite cai, claro você pode optar por ir deitar e descansar para o próximo dia, mas tenha em mente que é justamente quando a diversão toma novas formas. Há desde animadas boates até testar a sorte nos cassinos. Dentre os quais o famoso Atlantis Casino, na Paradise Island ou o Crystal Casino em Cable Beach.

Para os que adoram umas boas compras, também sobram opções de lugares, como a Bay Street ou a Marina Village onde estão reunidas grandes marcas de luxo livres de impostos. Na hora das lembrancinhas e artesanato local, a parada certa é o Straw Market, na Bay Street. Difícil é só se controlar lá dentro frente a tantas barraquinhas. Fica a dica: pechinche – e muito! Os vendedores esperam por isso, e só desse jeito você irá garantir bons descontos. Lembrando que o dólar americano é amplamente aceito, já que tem o mesmo valor do dólar bahamense. É 1 por 1. Que maravilha né?

Mais sobre o Straw Market

Crédito: arquivo pessoal/Carolina Maia

Bem no meio das lojas de luxo e butiques na Bay Street, na região central de Nassau, você encontrará esse famoso mercado bahamense. É o lar de artesanato local, presentes, lembranças e itens como chapéus de palha feitos à mão, bolsas, tapetes, bonecas, joias de conchas e esculturas em madeira. E tudo a preços muito razoáveis, até mais se seguir a dica que dei de pechinchar.

Afinal de contas é difícil se controlar uma vez lá dentro. Os vendedores tentam a todo custo chamar sua atenção, como se os produtos, por si só, já não fizessem isso. São tantas coisas. É uma muvuca só, no bom sentido. E que demanda tempo, não tente ir com pressa, a menos que tenha um objetivo, como eu, e saiba o que quer. Mas ainda assim, vá com folga no roteiro, para poder olhar tudo com calma e atenção, e então escolher – e pechinchar – o que for comprar.

Existem outros mercados similares por lá, mas esse é considerado o centro de tudo que você procura quando o assunto é artesanato bahamense, iguarias locais, guloseimas e o mais variados produtos que se pode pensar.  São milhares de itens para escolher em meio a agitação de centenas de vendedores prontos para negociar. Anote aí: funciona diariamente das 8h às 20h.

Pontos de interesse que valem a visita

Crédito: arquivo pessoal/Carolina Maia

The Queen’s Staircase – Primeiro ponto turístico que fui em Nassau, e foi o prenúncio de belos cliques. Isso porque, a simples escada de 65 degraus, faz parte de um complexo histórico. Escavada em rocha calcária sólida por escravos entre 1793 e 1794, proporciona uma rota direta entre a cidade e o forte Fincastle, que está a uma curta caminhada do topo da escadaria. O nome é uma homenagem à rainha Vitória, que reinou na Grã-Bretanha por 64 anos, de 1837 a 1901. Atração gratuita!

Fort Charlotte – Se você só tiver tempo para visitar um forte, escolha este. É o maior em New Providence, a cerca de 2 km a oeste do centro de Nassau, próximo a West Bay Street. Por estar em uma colina, proporciona um panorama com vista da Paradise Island, Nassau e do porto. Construído em 1788 pelo lorde Dunmore, foi nomeado em homenagem a esposa do rei George III, a rainha Saharia Charlotte. O bastião do meio, Ft. Stanley e a parte ocidental, Fort D’Arcy, foram adicionados posteriormente. O forte é composto de um fosso, masmorras, passagens subterrâneas e 42 canhões. Anote aí: custa US$ 5 para adultos, US$ 3 para idosos e US$ 2 para crianças menores de 12 anos.

Government House – A residência oficial do Governador Geral das Bahamas está situada no Monte Fitzwilliam, em uma imponente propriedade rosa e branca, na Duke Street, que remonta a 1801. Um ótimo exemplo da mistura de arquitetura colonial Bahamense-Britânica e americana. As graciosas colunas e a ampla entrada circular lembram os estilos da Virgínia e das Carolinas. Na frente do edifício se tem em destaque uma estátua de Cristóvão Colombo. Importada de Londres, em 1830, pelo governador James Carmichael Smythe, em homenagem ao dia que o navegador chegou ao continente americano, em 1492, descobrindo o então chamado Novo Mundo.

Crédito: The Islands of The Bahamas

The National Art Gallery – No histórico edifício Villa Doyle, o NAGB está empenhado em envolver a história da Arte e Cultura Visual das Bahamas apoiando movimentos contemporâneos e práticas experimentais de arte, através de exposições e da criação de uma biblioteca. Funciona de terça a sábado das 10h às 17h e domingo das 12h às 17h. Não abre em feriados. Anote aí:  a entrada custa US$ 5 para adultos, US$ 3 para idosos e gratuito para crianças.

Crédito: Bahamas Rum Cake Factory

Bahamas Rum Cake Factory – Os destinos caribenhos costumam ter uma bebida que se destaca, nas Bahamas é o rum. E não apenas nos drinques. Nesta fábrica a estrela é o bolo de rum. Marinados no famoso Ole Nassau, destilado em New Providence Island, são embalados a vácuo, o que torna uma ótima pedida para levar na mala e comer em casa. Quem quiser pode fazer um passeio pelas instalações, com direito a degustações gratuitas. Até porque você vai querer comprar alguns depois da visita. Geleias caseiras e compotas também estão disponíveis para compra. Anote aí:  abre diariamente das 10h às 17h.

Descubra o Junkanoo

Crédito: arquivo pessoal/Carolina Maia

Prepare-se para entrar no clima e celebrar o espírito do Junkanoo, o tradicional festival cultural das Bahamas. Herança dos tempos de escravidão, o evento, que ocorre há mais de 200 anos, é celebrado todos os anos em dois animados desfiles no Boxing Day (26 de dezembro) e no dia de Ano Novo. No Educulture, fundado em 2000, você é recebido calorosamente para conhecer, explorar e celebrar o Junkanoo. Por meio de diferentes experiências educacionais e culturais se entra nesse universo colorido e fascinante, que em muito lembra o nosso carnaval. Tanto que logo de cara ao entrar e se deparar com fantasias e instrumentos musicais já sentimos tal semelhança.

E espere também pela mesma energia, já sentida ao ser recepcionado pelo simpático casal responsável pelo local. A experiência do museu inclui uma apresentação sobre a história do festival e como os trajes são feitos; apresentação audiovisual do desfile; demonstração interativa de música (incluindo seu próprio apito Junkanoo) e uma bebida Junkanoo. Anote aí: funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h e aos finais de semana e feriados somente com agendamento. Custa US$ 10 por 45 minutos.

Prepare-se para uns bons drinques

Crédito: arquivo pessoal/Carolina Maia

O passeio pela destilaria John Watling’s é uma viagem no tempo. Situada na região central de Nassau, na histórica propriedade Buena Vista Estate, com vista panorâmica e jardins com oliveiras centenárias, a construção da propriedade começou no mesmo ano em que George Washington foi eleito o primeiro presidente dos Estados Unidos (por volta de 1789). Antiguidades e gravuras que datam de mais de 300 anos mostram a rica história das Bahamas. Entre os destaques está um poço de 200 anos, supostamente esculpido em calcário sólido por escravos antes da abolição da escravatura em 1833.

Fãs do espião mais famoso e boa pinta do cinema talvez reconheçam a propriedade principal de uma das cenas do filme 007 – Casino Royale, de 2006, que foi rodada por lá. Mas isso é apenas um detalhe no tour gratuito que pode ser feito pela destilaria onde se tem uma visão mais íntima dos processos passados pelo rum até seu engarrafamento e comercialização. São mais de mil barris de carvalho branco envelhecidos onde a bebida descansa por anos. Ali tudo é feito à moda antiga o que confere um sabor incrível.

Dá inclusive para fazer uma degustação que vai além do rum, já que a destilaria também fabrica vodca e gim. Prepare-se então para provar criações exclusivas: rum de pequeno porte Pale, Amber e Buena Vista, Red Turtle Vodka, filtrada com areias rosa de Eleuthera e um gim infundido com botânicos de Andros e as outras ilhas. Quem preferir pode optar por apenas desfrutar de um tradicional coquetel das Bahamas, como o Bahama Mama, na taverna Red Turtle ou ir direto para a lojinha garantir algumas garrafas para levar na mala. Anote aí: abre diariamente das 10h às 18h.

Harbour Island

Pink Sand Beach (Crédito: arquivo pessoal/Carolina Maia)

Lembram daquela foto mostrando quão límpida e cristalina é água das Bahamas? Então, ela foi feita em Lon Tree Beach, praia que fica na ilha Harbour, um ótimo passeio de um dia. O acesso via Nassau pode ser feito por ar ou mar. Minha opção foi via ferry. Chegando lá, as melhores opções de locomoção são bicicletas, carrinhos de golfe e scooters. Caminhar também é uma boa pedida.

Dentre os destaques da ilha estão a já mencionada Lon Tree Beach, que tem como cartão-postal dois troncos de árvore no meio do mar, e que rende belíssimas fotos. Mas, quem quiser “pegar uma praia”, recomendo a Pink Sand Beach, que leva esse nome por conta de sua areia que, em contato com a água do mar fica rosada.

Crédito: arquivo pessoal/Carolina Maia

Para quem já está acostumado com o Caribe, sabe bem que se trata de um mar calma e de água com temperatura agradável. Tão boa que não dá vontade de sair. Por isso vá com tempo e aproveite. Seja começando por ela e depois fazendo um tour pela ilha, ou optando por conhecer a região primeiro e depois finalizar curtindo a Pink Sand Beach.

Por fim, mas não menos importante, quando nas Bahamas aproveite sem moderação, pois é um pedacinho do paraíso na terra. Então escolha um hotel bacana, o que eu fiquei, o Warwick Paradise Island All Inclusive, por exemplo é uma ótima opção. No entanto, vale ressaltar que se trata de um resort apenas para adultos. Monte bem seu roteiro para não deixar nada de fora. E curta cada momento nesse arquipélago que tem fãs como Shakira, Penélope Cruz e Sean Conery – todos com propriedades por lá. 😉

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Foto do destaque: Turismo das Bahamas

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*Nota da redação – Nossa editora viajou a convite da Copa Airlines e do Turismo das Bahamas e contou com assistência da Affinity Seguro Viagem.

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