Já tomou seu cafezinho hoje? Pois está aí algo que é tradição em tudo quanto é canto do mundo. Café é daquelas coisas universais e quem ama não dispensa nem quando viaja. E as vezes, até tem a curiosidade de saber como ele é feito em outras terras. Sim, porque muda a água, o tipo de extração e, claro, a origem dos grãos. Ou seja, pode mudar tudo!
Brasileiros em visita aos Estados Unidos que o digam, já que por lá se encontra o popular chafé, como é conhecido o café consumido pelos americanos, para nós um tanto aguado. Apesar de que a tradicional rede Starbucks ganhou força no Brasil. E as diferenças ocorrem pelo mundo todo. No entanto há claro, lugares que fogem a tal fama. É o caso do Havaí, famoso pelos grãos cultivados e processados nas colinas da região de Kona, na Big Island. A alta elevação, a cobertura constante da nuvem e o rico solo vulcânico do Hualalai criam o ambiente ideal para colher esse original grão havaiano.
Já ao atravessar o Atlântico não estranhe quando pedir o seu cafezinho na Itália: ele virá, literalmente, em versão mini. Tudo porque o expresso correto é extremamente curto, o que reflete em cerca de 1 cm na xícara. E deve ser consumido em pé, no balcão, em um gole só. O nosso tradicional seria o ‘lungo’ (longo) por lá. Um local tradicional para fazer essa experiência é o Greco, o café mais antigo de Roma, aberto em 1760, na elegante Via Condotti, a rua das grifes e do luxo.
Já conhece as nuances das cafeterias modernas? Leiam-se, grãos de origem certificada de vários cantos do mundo, baristas premiados e mesas compartilhadas e estações para trabalho e Wi-Fi livre. No Brasil, a referência é o CoffeeLab, em Pinheiros; em Zagreb, na Croácia, o Cogito Coffee Shop.
À moda francesa, a pedida pode ser uma das tantas unidades do Le Pain Quotidien, rede do tipo porto seguro, ou seja, tiro certeiro para o viajante que quer um café e até um lanchinho. Presente em 18 países tem filial por toda Europa, além de Austrália, Estados Unidos, Hong Kong (China) e até mesmo aqui no Brasil.
Por falar na América Latina, outro clássico é o café cubano, também conhecido como cafecito. Quase que uma atividade social e cultural, tem grande destaque não só em Cuba, como na Flórida, especialmente em regiões como Miami, Tampa e Florida Keys. Entre as variações está o famoso “cortadito”, um expresso curto com leite vaporizado. É um bom jeito de começar a introdução ao café cubano. Uma boa dica em Miami, por exemplo, é ir à Eighth St., em Little Havana.
E nem pensar falar sobre café e deixar de lado a Colômbia. Na terra do Juan Valdez, o mais conhecido dos cafés colombianos, uma boa pedida é apreciá-lo na cafeteria do Centro Cultural Gabriel García, no centro de Bogotá. Aproveite para visitar o local que recebe o nome do mestre da Literatura. Em um edifício de arquitetura bacanérrima você irá se deparar com todas as formas de cultura em um único lugar. A entrada é gratuita, e tem biblioteca, espaço para exposições temporárias e uma livraria com mais de 70 mil títulos!
Quando o assunto for Brasil e café, já se sabe que se trata de uma longa jornada que remete aos tempos coloniais. Uma boa oportunidade para saber mais é visitar o Museu do Café, no centro histórico de Santos (SP). Além de ser uma das principais instituições responsáveis pela preservação da história do café no Brasil, é referência de qualidade na comercialização do produto, por meio de sua premiada cafeteria. Ou seja, um passeio cultural e saboroso, já que o cardápio vai muito além do tradicional espresso. São diversas opções de bebidas quentes e geladas, drinques e doces à base de café, sanduíches e salgados, além de cafés das mais variadas regiões produtoras, para saborear na hora ou levar para casa.
Você sabia?
Reza a lenda, ao menos a mais famosa sobre as origens do café, que seus efeitos tenham sido descobertos por um pastor em Yirgacheffe, no sul da Etiópia, onde cresce uma das variedade de Arábica mais prestigiosas do mundo.
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Colaboração: Carolina Maia
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Fotos: Shutterstock, Commons e divulgação