A medida governamental brasileira restabelece a necessidade de visto para cidadãos norte-americanos, canadenses e australianos que desejam entrar no país. Esta decisão marca o retorno do princípio da reciprocidade na política de vistos brasileira.
Em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro suspendeu a exigência de vistos durante sua visita aos Estados Unidos. Contudo, o governo atual decidiu reverter esta decisão unilateral. Após três adiamentos consecutivos, a nova regra finalmente entrará em vigor.
Cronologia dos adiamentos
Inicialmente, o Brasil planejou implementar a exigência em 10 de janeiro de 2024. Posteriormente, adiou para 17 de junho e, por fim, estabeleceu 10 de abril de 2025 como data definitiva. O Ministério das Relações Exteriores continua buscando acordos recíprocos com estes países.
Impacto no turismo
Em 2024, o Brasil recebeu números expressivos de turistas destes países: 78.537 americanos, 96.540 canadenses e 52.888 australianos. Agora, todos estes visitantes precisarão obter vistos antes de viajarem ao Brasil. Esta nova exigência pode afetar significativamente o fluxo turístico para destinos brasileiros.
Especialistas do setor turístico temem uma possível queda nas visitas internacionais, principalmente considerando a burocracia adicional. Os viajantes terão que planejar suas viagens com maior antecedência para garantir a documentação necessária. Associações de turismo já manifestaram preocupação com o possível impacto econômico, especialmente em regiões que dependem fortemente do turismo internacional. Contudo, o governo brasileiro defende a medida como necessária para equilibrar as relações diplomáticas.
Situação legislativa
O Senado aprovou um projeto que revogaria esta exigência, mas a proposta permanece sem previsão de votação na Câmara. Enquanto isso, o princípio da reciprocidade prevalece, já que estes três países não concedem isenção de vistos para brasileiros.
O que esperar
Portanto, a partir de hoje todos os portadores de passaportes dos EUA, Canadá e Austrália enfrentarão novas exigências para entrar no Brasil. Esta mudança alinha a política brasileira com sua tradicional abordagem de reciprocidade em acordos internacionais.
