A tradição cervejeira na Bélgica é um elemento inerente à cultura do país há séculos. Mas, agora, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reconheceu formalmente a importância da bebida, não apenas para o país, mas também para o mundo. A Unesco incluiu a cerveja belga na seleta lista de Patrimônios Imateriais da Humanidade.
A cultura cervejeira belga se consolidou desde a Idade Média. Enquanto o vinho era a principal bebida do sul da Europa, o clima da região de Flandres (norte da Bélgica) era mais apropriado para a produção da cerveja, que se tornou uma arte a partir da figura dos monges e da importância das abadias para a produção de conhecimentos e culturas agrícolas.
Desde aquela época, a bebida passou por diversas transformações e regulamentações que ajudaram a aprimorar, diversificar e difundir a cultura cervejeira. Hoje, a indústria da cerveja no país conta com algumas das marcas mais conhecidas e populares do mundo, assim como as cervejas trapistas – que têm se tornado cada vez mais exclusivas devido à quantidade limitada que os monastérios podem produzir – e as bebidas especiais de cervejarias locais e familiares. As especiais têm se popularizado desde o início do século com uma tendência que começou com as cervejas lambic, de fermentação espontânea e muito tradicionais na Bélgica. Também passou a incluir as cervejas red-brown (vermelha/marrom), marrons e douradas fortes e bem lupuladas.
Com uma tradição centenária, mais de 1,5 mil tipos de cervejas e uma paixão e criatividade que são únicas dos cervejeiros belgas, não é à toa que a bebida pode ser considerada uma verdadeira experiência cultural.
Informações: visitflanders.com/belgian-beer
Fotos: divulgação